Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2005, o Dia Mundial do Doador de Sangue tem o intuito de homenagear e agradecer os doadores voluntários e conscientizar os não-doadores sobre a importância desse ato. A data também busca incentivar mais pessoas a doar, e destaca que a oferta adequada de sangue seguro só pode ser garantida através de doações regulares de voluntários não remunerados.

A data foi escolhida em homenagem a Karl Landsteiner, imunologista austríaco nascido neste dia. Foi ele quem descobriu o fator Rh e como identificar as diferenças existentes entre os diversos tipos sanguíneos.

Todos os anos uma campanha diferente é lançada para conscientização da população. Em 2014, o tema da campanha tinha como foco a maternidade: “Doe sangue para as que dão vida”. Em 2016 a campanha ressaltava a solidariedade, vínculo entre doador e paciente, e incentivo a doação voluntária através do Slogan “O sangue nos une. Compartilhe vida, doe Sangue”. Este ano, 2020, a campanha é “Sangue seguro salva vidas”, doe sangue e torne o mundo um lugar mais saudável.

A OMS destaca com a campanha que sangue seguros ainda é um privilégio de poucos e que dificuldades são ainda mais severas em países de baixa e média rendas. Em nível global, 42% do sangue é coletado em países de alta renda, 9x maior em países ricos que abrigam apenas 16% da população mundial.

Sangue é essencial em tratamentos e intervenções médicas e cirúrgicas urgentes. O sangue também é administrado a feridos em emergências de todos os tipos, como desastres naturais, acidentes e conflitos armados.

No Brasil, o medo da pandemia fez muita gente desistir de doar sangue, e com isso, os bancos de sangue encontram-se em capacidade mínima. Depois de um aumento nas doações no mês de abril, os bancos de sangue de todo o país registraram uma queda de 30% em volume no mês de maio. A situação é emergencial para os tipos O positivo e O negativo e crítica para o tipo A.

Uma única doação é capaz de beneficiar até quatro pacientes. O procedimento é simples, rápido e indolor.

Empresas no Brasil que criam programas de esclarecimento e incentivo à doação de sangue e de medula óssea recebem o Selo de Empresa Solidária com a Vida. A Lei 13.289/2016 foi aprovada em 2016 e tem o intuito de adquirir doadores regulares, já que no Brasil a demanda é muito grande.

Como doar sangue com segurança em época de COVID-19?

Saiba que fazer doação de sangue com segurança é possível mesmo em tempos de coronavírus (COVID-19). Destacamos alguns pontos a seguir para doar sangue com total segurança:

• Cheque os locais que estão recebendo doação antes de sair de casa,
• Ligue para agendar um horário,
• Obedeça a todas as medidas de proteção recomendadas,
• E claro, incentive outras pessoas também a fazer sua parte, a doar.

Como ser um doador voluntário?

Entenda os pré-requisitos para ser um doador voluntário:

• Ter entre 16 e 69 anos. Os menores de 18 anos precisam ter um formulário de autorização preenchido e assinado por um responsável. Já as pessoas acima de 60 anos precisam ter feito sua primeira doação antes dos 60 para poder continuar doando,
• Pesar no mínimo 50kg,
• Estar alimentado, não tendo ingerido alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação,
• Ter dormindo bem e no mínimo 6 horas antes da realização da doação,
• Apresentar documento original com foto,
• Em caso de resfriado, esperar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas,
• Não ter ingerido bebida alcóolica nas últimas 12 horas,
• Não ter feito tatuagem, piercing ou maquiagem definitiva nos últimos 12 meses,
• Respeitar os intervalos para doação: homens aguardar 60 dias e mulheres 90 dias para a próxima doação,
• Gestantes não podem realizar doação de sangue e lactantes apenas podem realiza-la após 90 dias do parto normal ou 180 dias da cesariana.

Pratique esse ato solidário!